quarta-feira, 22 de outubro de 2008

"O principal era que tinha um incrível senso de humanidade." Diz Yoko Ono a respeito de Fluxus.

As obras fluxistas criaram um universo, um movimento tão amplo e inominável que classificar as diversas manifestação é uma tarefa praticamente impossível.
É dificíl definir o que é Fluxus. Não é estático, é flutuante, versátil. Trabalha a interdiciplinariedade, é contra as instituições e os ideias burgueses de arte. Geralmente não acontece em museus e espaços pré-definidos. A base e a inteção de Fluxos é constituída de um paradoxo indissolúvel. É o não-intencionado, um evento que ocorre espontaneamente em um momento e aceita sua efemeridade.
Fluxus não chegou a ser um movimento artístico, e sim uma maneira de pensar, na qual os artistas estavam mais preocupados com o sentido da obra de arte e não o seu formato, designava o rompimento com a tradicional concepção do objeto de arte. O estilo dos artistas e a teoria do Fluxus foi muito comparada com a estética do Dadaísmo, do Construtivismo russo e da Pop arte."Fluxus", em latim, significa fluxo, movimento, escoamento. O termo, inicialmente criado para dar título a um estilo de arte vanguardista, passa a caracterizar uma série de performances organizadas pelos artistas.

Fluxus pode ser caracterizado por happenings, intervenções urbanas e arte conceitual. Essas performances podiam ser minimalistas ou mais teatrais e provocadoras. Podiam ser feitas a partir da combinação de refugos e materiais descartávei, justaposição de objetos, sons, movimentos, luzes (num apelo simultâneo aos sentidos: visão, olfato, tato, audição). Nelas, o espectador é convidado a interagir com a obra, a participar dos espetáculos esperimentais, muitas vezes, descontínuos, sem um foco definido, não verbais e sem sequência previamente estabelecida, programas fixados, nem local e horário marcados.

As músicas de John Cage e N. June Paik, Exploram sons e ruídos do cotidiano e têm papel central na definição da atitude artística de Fluxus. Rompem a barreira entre arte e não-arte, dirigindo a criação ao mundo, seja este a natureza ou a realidade urbana e a tecnologia. Além da música experimental, as principais fontes do movimento são encontradas em um espírito anárquico de contestação, que caracterizou também o Dadaísmo nos ready-mades de Marcel Duchamp, em uma crítica à inconstitucionalização da arte e na action painting de Jackson Pollock, com destaque no processo de criação ligado ao gesto e à ação.

As performances e os happenings feitos pelos artistas do Fluxus sofrem tendências da arte norte-americana do final dos anos 50, por exemplo do teatro, da dança de Robert Rauschenberg e das esculturas junk de D. Smith e Richard Peter, feitas de materiais descartáveis, e dos eventos de Allan Kaprow, onde se combinavam idéias de Duchamp e Artaud com a filosofia zen-budista.

Algumas obras são limpas e simples, outras parecem enigmas, algum tipo de estudo a ser decifrado. Um exemplo é a obra "Schreibmaschnengedicht", ou Poema Para Máquina de Escrever, de Thomas Schimit. O observador tem de decifrar os números inscritos, referentes às respectivas letras das palavras, no teclado desenhado para poder ler o poema.

3 comentários:

3º D disse...

Parabéns pelo conceito do blog.
Jéssica
Karla
Lays
Bicalho

Unknown disse...

O blog ficou muito bom!!
Mas os texto poderiam estar melhor divididos.
As imagens ficaram bem criativas com conteúdos interessantes.
Parabéns.

Dani Vitoriano

LMT disse...

A definição para o conceito ficou excelente, pois buscou a essência do Movimento Fluxus. Achamos que poderia ter sido explorado um pouco mais as influências do movimento, mas o blog em geral ficou muito bom! Adoramos a idéia de postar a citação da Yoko Ono, poderia ter mais destas :)
Parabéns!